segunda-feira, 27 de abril de 2009

Entrevista na Rádio Jovem Pan

Guarulhos e a campanha contra Sindrome do Pânico

Segundo maior municipio de São Paulo terá semana dedicada à concientização e prevenção da Sindrome

O municipio de Guarulhos, segundo maior do Estado de São Paulo, saiu na frente na busca pelo bem-estar da população. Acaba de ser aprovado, pela Câmara Municipal de Guarulhos, um projeto de lei que institui a Campanha Municipal de Prevenção e Conscientização da Síndrome ou Transtorno do Pânico. De acordo com o projeto de autoria do Vereador Zé Luiz Guimarães, a Campanha de Prevenção à Sindrome do Pânico será realizada anualmente, na última semana de outubro e fará parte do calendário oficial de eventos do municipio.

A repórter Simone Manochio conversou com o vereador Zé Luiz Guimarães do PT e tem outros detalhes. OUÇA A ENTREVISTA.

A entrevista foi ao ar no dia 24/04/2009 no Programa Rádio Ao Vivo na Rádio Jovem Pan.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Uma economia que custa caro

Mais que uma necessidade para a preservação do planeta, o controle da poluição do ar já se configura como uma questão de saúde pública. É cada vez maior a faixa da população que tem na poluição o gatilho que dispara problemas respiratórios e manifestações alérgicas as mais diversas. Em uma cidade do porte de Guarulhos, inserida na maior região metropolitana do País, já é tempo de começarmos a pensar em políticas públicas que ajudem a amenizar o problema.
Segundo os especialistas, a maior fonte poluidora do ar são as emissões veiculares. Nesse aspecto, o controle mais significativo dessa poluição se dá pelo cumprimento das normas nacionais para a fabricação de veículos cada dia mais eficientes. No caso da nossa vizinha São Paulo, que possui a maior frota de carros do País, a cidade já adota o rodízio de veículos e um programa de inspeção para reduzir a poluição em todo o seu sistema de transporte.
No entanto, não há registro de nenhum controle específico sobre a emissão de poluição por parte dos grupos geradores de energia movidos a diesel. Com um parque industrial tão amplo e grande número de empresas nos setores de comércio e serviços, Guarulhos pode dar o exemplo para São Paulo e toda a região metropolitana iniciando um programa de controle dessas emissões.
Hoje, a autoprodução energética é adotada por indústrias, comércios, redes hoteleiras, hospitais, shoppings centers, hipermercados e condomínios, entre outros grandes consumidores que recorrem a geradores como forma de reduzir a conta da energia elétrica nos horários de pico (das 17h às 20h), quando as tarifas são mais caras.
O problema dessa economia financeira é o alto custo ambiental: os geradores a diesel constituem uma fonte considerável de poluição atmosférica. Recente estudo da engenheira Márcia Aparecida Tezan Moraes Barros, que pesquisou o tema no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, os geradores emitem os mesmos poluentes dos motores de veículos a diesel, inclusive os de maior impacto na qualidade do ar, como óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, dióxido de carbono, monóxido de carbono e material particulado.
Está na hora de nos preocuparmos em minorar essas emissões, seja pela substituição do diesel por um combustível limpo, seja pela exigência de adequação dos equipamentos às novas tecnologias, já adotadas pela indústria automobilística mundial.
Assim como a poluição não respeita fronteiras, as políticas públicas voltadas ao meio ambiente e à sustentabilidade – principalmente quando dizem respeito à saúde das pessoas - também não podem ser delineadas de maneira isolada. Eis aí uma iniciativa que pode e deve ser adotada por todas as cidades que compõem a região metropolitana de São Paulo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Hoje faz 45 anos do golpe de 1964

Há 45 anos, teve início um dos períodos mais tenebrosos da história do nosso país: o golpe militar de 1964. Foram 21 anos de uma ditadura que alguns, hoje, ousam chamar de "ditabranda". Um regime que acabou com as liberdades políticas e calou à força os que dele discordavam, deixando um rastro de violência, tortura e morte. Bom, ainda há quem negue o holocausto de judeus pela Alemanha nazista...
Como historiador e filiado a um partido político que incluiu, em sua origem, exilados e outras vítimas da repressão militar daquele período, creio que não devemos jamais deixar passar em branco uma data como essa. É importante relembrar, para que a memória não suavize os horrores de um regime de exceção.
Mas, que data devemos lembrar? Os militares preferiram adotar 31 de março "assinalado nos livros de História dos coronéis como o dia da "revolução" "para fugir ao deboche do 1° de abril, apesar de o golpe ter se efetivado mesmo no dia da mentira. A "mudança" dá uma ideia da mentalidade de um regime que teve a censura como seu pilar de sustentação e para o qual o golpe de Estado teria sido, na verdade, uma "revolução" anticomunista. Nessa mesma toada, há quem veja o "lado positivo" da ditadura, alegando que os militares promoveram o chamado "milagre econômico" e colocaram o Brasil entre as maiores economias do mundo. Esses se esquecem da herança deixada pelo regime militar: uma dívida externa gigantesca e índices inflacionários que gradativamente fugiram ao controle, atingindo patamares inconcebíveis. A teoria econômica militar era simples e rasteira: primeiro, fazer o bolo crescer, para depois repartir. Tudo funcionou enquanto havia crédito internacional barato. Quando o crédito murchou, a máscara do "milagre" caiu. E o resultado foi um grande empobrecimento da população e a terrível concentração de renda, que gerou "e ainda gera "consequências funestas para a sociedade. Somente nos últimos anos o Brasil começou a reverter essa lógica perversa, segundo a qual o desenvolvimento de uma sociedade se mede pelos índices econômicos e não pela qualidade de vida real do povo.
Nesse 45° aniversário do Golpe Militar, uma das lições que podem ser extraídas é que muitas versões não resistem aos fatos. A atual estabilidade econômica e social foi fruto da democracia e da luta de toda uma geração. Não devemos esquecer jamais.

JOSÉ LUIZ GUIMARÃES é vereador do PT e líder do governo na Câmara de Guarulhos.